domingo, 25 de outubro de 2009

E dos seus anjos— 15 de outubro

Paisagens do corpo, montanhas, relevos, pausas incansáveis. Extensões que se desdobram em respirações, suspiros, memórias de som e cheiro, e devaneio. Sempre movendo aquilo que há de mais íntimo e delicado, intenso em sua intenção. Palavras que surgem como imagens e se desdobram em tempos infinitos. Minha cabeça gira e devaneia para longe da terra, em direcção ao ar, ao arco, ao barco, como em ondas que acalantam o corpo e as emoções. Sensações profundas de “inteireza” e de fragmentos de pele, de ossos, de unhas. Sensações aconchegantes de contato com o chão. Os ossos, a estrutura, confortavelmente colocados em espaços infindos. Respiro e minha mente ainda plana no espaço das horas, sem pressa. Meter-se em pousio.

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