domingo, 25 de outubro de 2009


O desenvolvimento de uma coisa, de um costume, de um órgão, não é uma progressão para um fim e menos uma progressão lógica e directa realizada com o mínimo de forças e de despesas— é antes uma sucessão constante de fenómenos mais ou menos independentes e violentos, de coisas subjugadas por outras coisas, sem esquecer as resistências e as metamorfoses que entram em jogo para a defesa e para a reacção e também os resultados felizes das acções contrárias do bom êxito. Nem o martelo de um nem os 4 contra-sensos a evitar de outro me armam para continuar esta citação sem aspas. Os escolhos vejo-os bem e os tubarões rondam. Citemos por outras paragens: nesse caso tentar com uma pequena chaves-de-fendas se assim não funcionar tentar com as chaves se assim não funcionar com uma caneta se assim não funcionar tentar com a pequena chaves de fendas e as chaves ao mesmo tempo depois com a pequena chaves de fendas as chave e uma caneta ao mesmo tempo se isso não for suficiente utilizar os dedos.
Na idade em que um grande número vai renegando experiências e leituras, aproveitando do interregno do voo Lisboa-Recife, mergulho com o entusiasmo de um leitor de livros de auto-ajuda na leitura de Nietzsche. Para evitar ortodoxia anacrónica precavejo-me com a mediação de Deleuze e dos seus 4 contra-sensos a evitar: 1. sobre a vontade de potência 2. sobre os fortes e os fracos 3. Sobre o eterno Retorno 4. sobre as últimas obras. E assim caço dois coelhos com uma só martelada.

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