quinta-feira, 22 de outubro de 2009

E o Atelier de Criação segue de vento em popa,se desdobrando em espaços até chegar aqui, neste lugar virtual onde pretendemos extender nossas reflexões. Este blog hoje apresenta um texto de Kelly Lima, participante do Atelier, em breve seguirão mais observações desde diferentes pontos de vista.

Inscrever | v. tr. | v. pron.

inscrever (ê) - Conjugar
v. tr.
1. Escrever (gravando ou esculpindo).
2. Arrolar; incluir no número.
3. Registrar.
4. Geom. Traçar (uma figura) dentro de (outra figura).
v. pron.
5. Incluir ou fazer incluir o nome em rol ou lista.


escrever | v. tr. | v. intr. | v. pron.

escrever (ê) - Conjugar
v. tr.
1. Pôr ou dizer por escrito.
2. Encher de letras.
3. Compor, redigir.
4. Ortografar.
5. Fig. Fixar, gravar.
v. intr.
6. Representar o pensamento por meio de caracteres!
7. Dirigir-se por escrito a alguém.
8. Formar letras.
9. Ser escritor.
v. pron.
10. Corresponder-se, cartear-se.


DANÇA - inscrever o corpo no espaço

FOTOGRAFIA - escrever com a luz

escrever e inscrever mantém uma relação de conotação. Para o dicionário, elas são a mesma coisa, apesar de que inscrever denota mais ao escrever dentro, de estar contido.

sendo bem simplista (afinal, pra que complicar?), quanto mais eu observo linguagens, expressões diferentes, mais elas me parecem ser a mesma coisa, eu acabo achando mais pontos em comum do que diferenças, como se uma contivesse a outra, reciprocamente.

Por vir da área do design (gráfico, vídeo) o que eu procuro observar especificamente no ambiente da oficina são as diferenças entre o bidimensional e o tridimensional. Afinal, a leitura do observador-espectador se dá através do olhar
(a relação do dançarino com a dança [é corporal, mas a do espectador com a dança [é visual)

falando um pouco sobre os exercícios que trabalham o
olhar para si
olhar para o outro
olhar para os outros e para o espaço

ao olhar para mim, me faz sentir como um dançarino, (dança)
ao olhar para o outro, eu vejo uma escultura
ao olhar para os outros e o espaço, com uma visão panorâmica, eu penso no cinema

apesar do palco ser um ambiente tridimensional e quem está em cena estabelecer uma relação espacial dentro dele, o espectador tem uma visão de quadro, onde os objetos se movem dentro dele, a noção de profundidade se dá através das linhas perpendiculares, como num desenho, e a forma, o volume [e percebido pelo olho através de um jogo de luz (a luz que incide sobre o objeto).

quando o espectador se move dentro da cena, altera completamente as noções e leitura do espetáculo, ele passa a trabalhar e ter outros tipos de experiências. Quando ele toca o objeto, ele pode sentir o volume, quando ele se move dentro da cena, ele experimenta as três dimensões do espaço.

Eu posso dizer que perceber isso amplia as potencialidades do espetáculo ao cubo !!! Eis aí um terreno fértil de possibilidades a se trabalhar. Eleva a minha instigação ao cubo !!!

Vamos todos nos jogar.

Kelly Lima

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